segunda-feira, 11 de agosto de 2008

FERAS DO SAMBA GRAVAM CD E DVD NO RIO


Feras do samba gravam CD e DVD na Fundição ProgressoRio - Festa para o samba. Na segunda, uma verdadeira constelação sobe ao palco da casa da Fundição Progresso para gravar o espetáculo 'Samba Social Clube'. Abrindo a noite, Zeca Pagodinho dá uma pausa na gravação de seu novo disco e aparece para interpretar "É preciso muito amor". Beth Carvalho vai interpretar "Amor de Verdade" e "O Bêbado e o Equilibrista", Jorge Aragão cantará "O Mar Serenou" e "Vai Passar" e Leci Brandão dará voz à letra de Guará de 'Sorriso Aberto', e também à canção de João Nogueira, "Do Jeito que o Rei Mandou".Já o Fundo de Quintal entoará 'Mel e Mamão com Açúcar' e 'O Assassinato do Camarão', a respeitada dupla Monarco e Nelson Sargento, juntos, vão interpretar "Velha Companheira", do primeiro em parceria com Ratinho em homenagem à Mangueira e à Portela. Neste dia, o projeto Samba Social Clube também vai receber Teresa Cristina & Grupo Semente, Casuarina, Sururu na Roda, Sandra de Sá, Moacyr Luz, Lenine, Anna Luisa, Sérgio Loroza, Ana Costa, Sandra de Sá e Nilze Carvalho. Já nesta terça, é a vez da marrom Alcione interpretar "Mormaço" e Luiz Melodia cantar 'Tristeza'. Dudu Nobre subirá ao palco da Fundição para cantar "Mordomia" e "Ninguém Tasca" enquanto o mestre Almir Guineto lembrará o clássico de Zeca Pagodinho e Jorge Aragão "Não sou mais disso".João Bosco vai interpretar uma clássica composição de Paulinho da Viola, "Tudo se Transformou". Roberta Sá, Diogo Nogueira, Fernanda Abreu, Moyséis Marques e Elza Soares também vão cantar. O show terá direção musical de Paulão 7 Cordas e direção artística de Ricardo Moreira. O CD e DVD serão lançados ainda no segundo semestre deste ano.Serviço: Gravação do CD e DVD Samba Social Clube Ao Vivo. Segunda e terça. Local: Fundição Progresso – Rua dos Arcos, 24, Lapa. Tel.: (21) 2220-5070. Classificação: 18 anos. Ingressos: 1° lote - R$ 15* / 2° lote - R$ 20* / 3° lote - R$ 25*. Ingressos para estudantes, idosos, quem trouxer 1kg de alimento ou apresentar a filipeta promocional. A casa abre às 20h e o show começa, impreterivelmente, às 21h

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Um Resumo da História do Samba

SAMBA: DO BATUQUE À BATUCADA
Identidade
Da mesma forma que o jazz nos Estados Unidos e a salsa (derivada do mambo e da rumba) em muitos dos países caribenhos, o samba é indiscutivelmente o gênero musical que confere identidade ao Brasil. Nascido da influência de ritmos africanos para cá transplantados, sincretizados e adaptados, foi sofrendo inúmeras modificações por contingências das mais diversas - econômicas, sociais, culturais e musicais - até chegar no ritmo que conhecemos. E a história é mais ou menos a mesma para os similares caribenho e americano.
Simbolizando primeiramente a dança para anos mais tarde se transformar em composição musical, o samba - antes denominado "semba" - foi também chamado de umbigada, batuque, dança de roda, lundu, chula, maxixe, batucada e partido alto, entre outros, muitos deles convivendo simultaneamente!
Do ritual coletivo de herança africana, aparecido principalmente na Bahia, ao gênero musical urbano, surgido no Rio de Janeiro no início do século XX, muitos foram os caminhos percorridos pelo samba, que esteve em gestação durante pelo menos meio século.
Samba :A palavra samba esteja no desdobramento ou na evolução do vocábulo "semba", que significa umbigo em quimbundo (língua de Angola). O termo "semba" - também conhecido por umbigada ou batuque - designava um tipo de dança de roda praticada em Luanda (Angola) e em várias regiões do Brasil, principalmente na Bahia. Do centro de um círculo e ao som de palmas, coro e objetos de percussão, o dançarino solista, em requebros e volteios, dava uma umbigada num outro companheiro a fim de convidá-lo a dançar, sendo substituído então por esse participante. A própria palavra samba já era empregada no final do século XIX dando nome ao ritual dos negros escravos e ex-escravos.
Geografia do samba: no tabuleiro da baiana samba também tem
Rio de Janeiro, então capital federal: a transferência da mão-de-obra escrava da Bahia (onde se cultivava a cana, o algodão e o fumo) para o Vale do Paraíba (onde se plantava o café), a abolição da escravatura e o posterior declínio do café acabaram liberando grande leva de trabalhadores braçais em direção à Corte; além disso, a volta dos soldados em campanha na Guerra de Canudos também elevou o número de trabalhadores na capital federal.
Muitos desses soldados trouxeram consigo as mulheres baianas, com as quais haviam se casado. Essa comunidade baiana - formada por negros e mestiços em sua maioria - fixou residência em bairros próximos à zona portuária (Saúde, Cidade Nova, Morro da Providência), onde havia justamente a demanda do trabalho braçal e por conseqüência, a possibilidade de emprego. Não demorou muito para que no quintal dessas casas as festas, as danças e as tradições musicais fossem retomadas, incentivadas sobretudo pelas mulheres.

sábado, 2 de agosto de 2008

""A QUE INVEJA"" NO BOM SENTIDO


“EU SOU O SAMBA”
Musical celebra o samba, contando sua história através de composições. A história do ritmo, desde a origem africana à afirmação na cultura carioca no Teatro Carlos Gomes O Musical, que tem como proposta celebrar a grande conquista do samba como patrimônio histórico cultural brasileiro e comemorar os cem anos de nascimento do Mestre Cartola, vai junto a estréia, homenagear os últimos sambistas pintores vivos trazendo, para o hall do Teatro, parte da mostra “Pintores Sambistas”, em cartaz no Centro Cultural Cartola, na Mangueira e exibir o curta premiado A Rosa da diretora Gordeeff. EU SOU O SAMBA, de Fátima Valença e direção de Fábio Pilar conta a história do ritmo, desde a origem africana à afirmação na cultura carioca. Claudia Vigonne, coordenadora de projetos, escolheu uma equipe de renome para comandar os bastidores. Profissionais como: a carnavalesca, figurinista e cenógrafa Rosa Magalhães, o jornalista João Máximo, o maestro Helvius Vilela, a Arquiteta e cenógrafa Doris Rollemberg e o coreógrafo Carlinhos de Jesus... Com a proposta de oferecer uma excursão histórico musical pelos cenários cariocas por onde se ouvia, cantava e dançava o samba, o espetáculo pretende dar vida e voz a personagens anônimos que conheceram e freqüentavam esse reduto cultural, no período entre os anos 20 até o início dos anos 70, além de homenagear grandes personalidades do universo sambista, como: Carmem Miranda, Ary Barroso, Cartola, Jamelão, Nelson Sargento entre outros. Dentro desse contexto histórico, podem ser facilmente reconhecidos os terreiros, as tias, os sambistas, quitutes, crenças e devotos da pequena África na Praça Onze. Locais como as casas de má fama, os cabarés da Lapa, dancings e cafés do centro também serão representados, assim como as mariposas da noite, os cafetões, malandros e leões de chácara. A Mangueira, também, vai ser representada. Suas cores vão vestir 9 personagens: 6 pastoras e 3 compositores. Rosa está recriando 6 figurinos para caracterizar um rendez vouz da Lapa, onde vai abusar das cores fortes. O Jornalista João Máximo, que assina o roteiro musical, fez uma seleção de peso, escolheu 63 composições que variam entre os anos 20 e os 70. Entre as canções escolhidas estão: Meu Mundo Caiu, Boneca de Piche, Fim de caso Não Deixe o samba Morrer, O Barracão, Folhas Secas. O Maestro Helvius Vilella cuida da direção musical.