quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Rimas do Povo



Eu quis ser um poeta não sei recitar, quis ser dançarino, mas não sei bailar, nas rimas do povo samba de morro, palma da mão firmando a voz cantando o refrão diz de novo samba do povo morado do morro, firmando na voz mostrando pra nos bate na mão canta o refrão tantan, repique, pandeiro, cavaco e o violão dão entonação pra arte do povo chamamos de novo seu nome é samba, samba de morro.
Eu quis ser modelo, mas não sei desfilar, brincava de astro-nauta, ouvindo samba de Aragão cantado por Beth um belo refrão, também quis ser pai assim como seu Almir pai do Banjo com seu belo arranjo, brincava, rimava lecionava nas academias dos guetos populares, nos morros, favelas e fundo de quintais, nossos areais, cultura de nossos ancestrais, gente vigiada, gente mau tratada da África mãe arrancada e com sua negritude chamada virtude trouxeram, nos porões, alçapões sua sonoridade de seu ulundum, batuque ou semba que com toda sua beleza agora virou samba, arte popular, do barraco, da tapera do lar do gueto do beco da esquina . Diz de novo rima do povo samba de morro, palma da mão firmando a voz cantando o refrão. Diz de novo samba do povo morada do morro, firmado na voz mostrando pra nos batendo na mão cantando o refrão.

Letra : Everton Padilha

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